As investigações sobre o bárbaro assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, ganharam uma nova reviravolta após a análise pericial dos celulares dos suspeitos. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, dados extraídos por um software israelense revelaram que Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, tinha uma obsessão pela vítima e a perseguia desde o ano passado.
Obsessão e Monitoramento
No celular de Maicol, foram encontradas fotos de Vitória, além de prints de publicações da jovem e um perfil falso criado para monitorar suas redes sociais. Pesquisas na internet, como "como degolar uma pessoa", reforçam a linha de investigação de que ele planejava o crime há algum tempo.
Com essas novas evidências, os investigadores passaram a descartar a participação dos outros dois suspeitos, fortalecendo a tese de que Maicol teria agido sozinho. No entanto, alguns pontos do caso ainda permanecem sem explicação, como o sinal do celular de Vitória, que foi rastreado em Campinas-SP, mas ainda não foi localizado.
Detalhes do Crime Chocam a População
O corpo de Vitória foi encontrado no dia 5 de março, em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo, após ficar sete dias desaparecida. Ela foi decapitada, torturada, teve os cabelos raspados e estava vestindo apenas um sutiã no pescoço.
Imagens de câmeras de segurança mostram o Toyota Corolla prata de Maicol no local do sequestro. Além disso, vestígios de sangue foram encontrados em seu carro e em sua casa, fortalecendo a suspeita de que a jovem foi mantida em cativeiro e violentada sexualmente antes de ser morta.
Família Busca Respostas
Everton, irmão de Vitória, afirmou em entrevista que conhecia Maicol de vista, pois haviam estudado na mesma escola. No entanto, a família nunca suspeitou de nada, já que a adolescente nunca mencionou ameaças ou perseguições.
"A gente não sabe o que possa ter causado essa crueldade com ela", disse Everton. A jovem estava feliz com o trabalho e sonhava em cursar necropsia.
O Caso Ainda Tem Pontas Soltas
Apesar das novas descobertas, o caso ainda não está completamente solucionado. A perícia nos vestígios de sangue encontrados no carro e na casa de Maicol será concluída e entregue à polícia na próxima segunda-feira (17 de março), o que pode trazer novos desdobramentos para a investigação.
A Polícia Civil segue apurando se há mais envolvidos e busca esclarecer as contradições que ainda cercam esse crime brutal que chocou o Brasil.
Acompanhe as atualizações sobre o caso no Valparaíso Notícias...