"Eu Poderia Não Estar Mais Aqui": Mulher Pula de Prédio Para Fugir de Marido Que Tentava Esfaqueá-la em Contagem
A empresária Jhenipher Sabriny de Oliveira, de 31 anos, sobreviveu a um episódio aterrorizante de violência doméstica que quase tirou sua vida. Para escapar de uma tentativa de feminicídio, a vítima pulou de um prédio de sete metros de altura em Contagem, na Grande Belo Horizonte.
Mesmo após o ataque, o agressor, seu então companheiro de 32 anos, continua ameaçando-a por meio das redes sociais. O caso expõe, mais uma vez, o drama enfrentado por milhares de mulheres no Brasil, que vivem sob a sombra do medo e da impunidade.
"Eu Poderia Não Estar Aqui"
Ainda se recuperando de múltiplas fraturas nas pernas e nos braços, Jhenipher desabafou sobre o terror que viveu e a necessidade de justiça.
> "Eu fui quase uma vítima. Hoje estou toda quebrada, eu tenho voz, mas eu poderia não estar aqui", disse a empresária em entrevista ao g1 Minas.
A agressão aconteceu em fevereiro deste ano, quando o suspeito, sob efeito de drogas, tentou obrigá-la a lhe entregar R$ 10 mil da conta bancária da empresa em que trabalhavam juntos. Diante da negativa, ele reagiu com extrema violência.
Dentro de casa, o homem pegou uma faca e começou a ameaçá-la de morte. Apavorada, Jhenipher esperou um momento de distração e, num ato desesperado de sobrevivência, se jogou da janela do quarto.
A Dor da Violência e o Medo Constante
Com o impacto da queda, a empresária ficou gravemente ferida e foi socorrida por vizinhos. Após semanas de internação e tratamentos médicos, ela luta agora por segurança e justiça.
Apesar do horror vivido, Jhenipher segue sendo ameaçada pelo ex-companheiro, que ainda não foi preso.
> "Eu pedi ajuda aos meus familiares paternos, e eles pediram uma medida protetiva para mim. Eu tenho medo, sabe? Eu preciso de ajuda, e se eu não pedir ajuda, eu vou ser mais um número. E eu não quero ser mais um número", declarou a vítima.
A Urgência da Justiça
O caso reforça a necessidade de políticas públicas mais rígidas no combate à violência contra a mulher. Mesmo após sobreviver a uma tentativa de feminicídio, Jhenipher continua em perigo, vivendo com medo de um agressor que ainda está à solta.
A vítima aguarda que as autoridades tomem as providências necessárias para garantir sua proteção e impedir que mais uma mulher vire estatística de feminicídio no Brasil.