Cinco pessoas morreram em São Paulo vítimas de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. O número foi confirmado pelo governo estadual, que contabiliza até agora sete ocorrências confirmadas e investiga outras 15 suspeitas.
As mortes reacendem um alerta sobre o comércio ilegal de bebidas. Nas últimas ações de fiscalização, a Vigilância Sanitária apreendeu mais de 112 garrafas de vodca falsificada, incluindo lotes localizados no bairro da Mooca, na zona leste da capital.
As autoridades ainda investigam se os casos estão relacionados ao consumo social ou a situações de vulnerabilidade em que pessoas recorrem a produtos de baixo custo sem certificação. Para especialistas, o risco se torna maior quando há escassez de fiscalização em pontos de venda informais.
O Ministério da Saúde já determinou a notificação imediata de todos os casos suspeitos de intoxicação por metanol à rede nacional de vigilância. A medida busca acelerar diagnósticos, ampliar a investigação da origem das bebidas e orientar hospitais sobre protocolos de atendimento.
A intoxicação por metanol pode causar sintomas como visão turva, dores de cabeça intensas, vômitos e confusão mental. Em casos graves, o consumo leva à falência de órgãos vitais e pode ser fatal, como demonstram os óbitos confirmados.
O episódio traz de volta o debate sobre o controle das bebidas comercializadas em pequenos comércios e reforça a necessidade de políticas mais rígidas contra a falsificação de produtos. Para o governo paulista, trata-se de uma situação atípica, mas que exige resposta rápida para evitar novas vítimas.
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