A Grande São Paulo acordou nesta quinta‑feira (11) com um número elevado de imóveis ainda sem energia elétrica, mais de 1,3 milhão, após uma ventania recorde que atingiu a região na quarta‑feira (10). O vendaval, com rajadas de vento que passaram de 98 km/h em alguns bairros, provocou queda de árvores, derrubou postes e danificou amplamente a infraestrutura da rede elétrica da concessionária Enel Distribuição São Paulo, responsável pelo fornecimento na capital e municípios vizinhos.
Segundo o último balanço divulgado pela Enel, embora o fornecimento de energia tenha sido restabelecido para uma parcela dos clientes afetados — após atingir mais de 2 milhões durante o ápice do apagão — cerca de 1,3 milhão de imóveis seguem sem luz nesta manhã. A concessionária informou que ainda não há previsão definitiva para o retorno completo do serviço em todas as áreas atingidas, devido aos danos severos em postes, transformadores e cabos, muitos dos quais exigem reconstrução total da rede elétrica.
O impacto do apagão vai além da falta de luz. Com a interrupção do fornecimento, sistemas de bombeamento de água também foram comprometidos, afetando o abastecimento em partes da capital e região metropolitana, segundo relatos oficiais. A falta de energia também contribuiu para o mau funcionamento de semáforos, amplificando o congestionamento de veículos em vários pontos da cidade, e resultou no cancelamento e atraso de diversos voos nos aeroportos locais.
A forte ventania foi atribuída à passagem de um ciclone extratropical pelo Sudeste do país, fenômeno que também causou queda de árvores e danos materiais em vários bairros. Autoridades da Defesa Civil e equipes de emergência seguem mobilizadas para remover árvores caídas sobre vias e fiações, além de apoiar a recuperação da rede elétrica e a normalização dos serviços essenciais.
A concessionária já mobilizou milhares de equipes de manutenção e tem priorizado a restauração de energia em hospitais, unidades de saúde e residências com pacientes dependentes de aparelhos médicos, além de outras áreas críticas. Apesar desse esforço, o diretor da Enel declarou que o tempo necessário para recuperar completamente o sistema é incerto, dado o tamanho dos danos causados pela tempestade.
Moradores relatam dificuldades cotidianas devido ao apagão prolongado, como perda de alimentos em geladeiras e interrupções no trabalho remoto. A situação alimenta debates sobre vulnerabilidades da infraestrutura urbana diante de eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes, segundo especialistas em meteorologia e urbanismo.
O cenário de recuperação ainda é incerto, e a população segue acompanhando as atualizações da concessionária e das autoridades enquanto equipes técnicas trabalham na restauração total da energia na região.
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